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terça-feira, 20 de outubro de 2009

O Homem das Estrelas

Houve uma época em que o nome de John Carpenter associado à uma película era sinônimo de qualidade. Era o Mídas dos filmes B, capaz de gerar lucros monstruosos com orçamentos baixíssimos (Halloween por exemplo custou algo em torno de 300 mil e rendeu mais de 50 milhões, lucro prá Spilberg nenhum botar defeito).
Esse anti-James Cameron se firmou como o mestre do suspense dos anos 80, com obras como “O Enigma do Outro Mundo”, “Fuga de Nova Iorque”, “Christine, o Carro Assassino”, “Os Aventureiros do Bairro Proibido”, o já citado “Halloween” (este do final da década de 70), exemplos bem conhecidos daqueles que nasceram entre 1965 e 1975 mais ou menos. Alías uma nova versão do seu cult “Assalto à 13ª DP” (ou “Trovão nas Ruas) estreou recentemente, dando continuidade a nova onda de reciclagem que assola Hollywood.
Um dos títulos que eu mais me recordo é “Starman”. Tudo bem que é uma cópia descarada de ET ou mesmo Contatos Imediatos de Spilberg, mas como todo garoto da época não podia deixar de me atrair pela história do alienígena (Jeff Bridges) que chega a Terra e assume as feições do marido recem-falecido da heroína Karen Allen. E os efeitos , o que mais interessavam era simplesmente ótimos (bem , para a época).
Starman é um daqueles típicos filmes dos anos 80. Hoje não é tão lembrado , mas com certeza é um daqueles filmes que pode trazer boas recordações para quem recorda dele, não se lembra direito dele ou até mesmo quem nunca o viu.
Revendo recentemente o filme demora um pouco à engrenar mas continua sempre interessante e prende a atenção em vários momentos. Uma boa sessão da tarde naquele domingão chuvoso. E se a nostalgia prevalecer nada como uma sessão dupla com “Splash”, já em que ambos os casos mostra o amor entre pessoas de, digamos, raças diferentes.
Uma curiosidade sobre esse “E.T. Romântico” é que a Columbia decidiu rejeitar o roteiro do “E.T.” pois achou “Starman” parecido e melhor. O diretor ia ser John Badham, mas Spilberg lançou seu filme antes e “Starman” ficou engavetado por um tempo pois diz-se que as semelhanças eram enormes. Algum tempo depois Carpenter assumiu o projeto, fez algumas modificações e o transformou nesse Love Story Interplanetário que hoje conhecemos.

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