Páginas

PESQUISE NESTE BLOG

quarta-feira, 5 de maio de 2010

1..2...Freddy ataca novamente


Quando foi anunciado um novo filme da franquia "A Hora do Pesadelo" e que ele ignoraria os demais filmes da série, trazendo a história para uma nova geração, se esperava , além de zerar novamente a história, que o filme partisse da premissa de contar a origem de Freddy Krueger. Porém os roteiristas e produtores optaram para um simples remake.
Apesar de não seguir o roteiro original ao pé da letra, estão lá vários dos elementos do filme original (a primeira morte na cama, a parede "cuspindo" a personagem, a cena da banheira ao estilo "Tubarão" de Spilberg, a culpa do namorado pela morte da protagonista, a propria Nancy e outros detalhes que quem conhece a série vai reconhecer).
Existe 2 maneiras de se avaliar um remake. Uma é a comparação com o original e consequentemente com a série. O Outro é procurando ignorar o original e se concentrar na pelicula em si. Como a comparação com o original seria injusta, onde o novo perderia de lavada, optarei por evita-las, partindo da premissa de ser um filme novo.
O filme conta a história de Freddy Krueger, um ser que aterroriza os Sonhos dos adolescentes e os mata nos mesmos, não sem antes uma torturazinha psicológica basica. Freddie agora é representado pelo competente Jackie Earle Haley (dos ótimos "Pecados Intimos", "Watchmen" e "A ilha do Medo" do Scorcese). James compõe um Freddy mais sombrio e menos sarcastico que o antecessor Robert Englund (comparação necessária: Se por um lado, os fãs do original sentirão falta do sarcasmo do original, pelo menos a personagem passa longe do palhaço que virou nos demais filmes da franquia). Para quem conhece o original demora pra se acostumar com outro rosto como Freddy, mas passa.
Um segredo ronda a personagem de Freddie. Em meio à flashbacks ficamos sabendo porque o mesmo tem o corpo queimado e está assombrando os adolescente. Para os que já conhecem o original, nada de novo, a história é a mesma, apesar de algumas alterações. A Essência é a mesma.
O filme porém é repleto de clichês do gênero. Mesmo os adolescentes que ainda não tiveram contato com o original não demorarão para adiantar os sustos, que já são cacoetes frequentes no gênero.
A trilha sonora do filme procura usar elementos orquestrais e temos a grata surpresa de não ter que aguentar bandas impostas pelas gravadoras. Ótimo, o clima sai ganhando. Ponto positivo.
Se já foi dito que Freddy aqui está representado pelo ótimo Jackie Earle Haley, o mesmo não se pode dizer do resto do elenco. No começo, quando ainda não tinha certeza de se tratar de um remake quase literal, fiquei torcendo para que a heroina do filme não fosse aquela moça sem sal que acompanhamos. Felizmente não era.
Infelizmente, a Nancy, aqui representada pela desconhecida Rooney Mara, consegue ser ainda pior. Sem carisma algum, assim como os demais interpretes, fica dificil nos identificarmos ou mesmo torcer por eles. Claro que o filme é do Freddy, todos que vão assisti-los é por ele, mas a falta de uma personagem interessante faz com que o filme seja mais esquecível.
O filme tem também menos sangue do que era esperado. Pode ser uma decepção para os fãs do gore (esqueça veias sendo puxada e coisas do gênero), mas após a overdose causada por varios filmes recentes como a interminável série "Jogos Mortasi" isso até é bem vindo e atrairá outro publico, seja o de saudosistas , seja o de um publico menos restrito do que os adolescentes (não que o alvo principal não sejam eles, mas é bom lembrar que os fãs do original são em muitas vezes os pais destes).
A direção fica a cargo de Samuel Bayer, mais um diretor vindo do mundo da publicidade, e que felizmente se segura no ritmo frenético dos videoclipes, embora não traga nenhum plano interessante. "A Hora do Pesadelo" é um filme regular, mas que ao menos não dá a raiva de muitas produções recentes e embora seja assistível, é um filme totalmente esquecível. Espero que o inevitável #2 se liberte das amarras de ter que ficar dando explicação sobre os personagens e ouse mais na história. Se bem que a moda agora são as continuações "origem" e se não foi dessa vez pode ser a proxima.
Agora vou dormir. Coisa que o antigo fazia evitar, mas prometi não comparar os dois.

2 comentários:

mario jorge disse...

to doido para ver esse filme , sou muito fã do freddy e achei sua critica boa , claro q eh um pouco desanimadora para quem tem expectativas mas ficou legal.
e ai ?
faltou dizer se vc gostou ou n do novo visual do freddy.

gustavo basso disse...

O novo visual para mim não foi nenhum problema depois do estranhamento de ver outro ator no lugar do Robert Englund. Ainda bem que o ator é bom. A maioria não gostou do filme, mas não achei que difere muito das demais refilmagens. No antigo Wes Craven jogava bem com aquela sensação de ser sonho ou não, coisa que aqui o diretor não conseguiu (fica claro se tratar de um sonho) , mas a essa altura do campeonato todos já sabem como funciona e a historia não é nenhuma novidade.