O cubano Buena Vista Social Club, retratado no documentário homônimo dirigido por Win Wenders (e se vc não assistiu pare de ler aqui e vá correndo em uma locadora, ou em algum magazine que custa menos de 10 reais), acabou de lançar o espetacular álbum Rhythms del Mundo, onde eles gravaram versões de musicas de bandas como Radiohead, Arctic Monkeys , Coldplay, Franz Ferdnand, Kaiser Chief.
É desde já um dos melhores lançamentos do ano. O álbum trás também uma das ultimas gravações do saudoso Ibrahim Ferrer, arrepiante numa versão em castelhano de As time goes by, e também em outra versão da mesma , com Omara Portuondo (que também canta Killing Soufly em castelhano). Tem também Coco Freeman e o Franz Ferdinand em uma sensacional versão em espanhol, de "Dark of The Matinee" .
Buena Vista Social Club foi um clube de Havana dos anos 40, onde se encontravam os musicos e amigos Ibrahim Ferrer, Rubén Gonzalez, Pío Leyva , entre outros. Já nos anos 90 virou disco , gravado por Juan de Marcos Gonzáles e Ry Cooder, juntamente com a nata da musica cubana, que virou um grande sucesso e que pode ser conferido no documentario supra citado do Wenders. E novamente reforço a necessidade de conferir esse sensacional filme.
Abaixo , o video de Clocks , com a partipação do próprio Coldplay
e se você quiser conferir um pouco mais , um pequeno making of , com alguns trechos das gravações. Repare na bela versão de "High and Dry" do Radiohead aos 3 minutos.
e para finalizar , o download do disco está disponibilizado no endereço abaixo:
1. COLDPLAY - Clocks 2. JACK JOHNSON - Better Together 3. ARCTIC MONKEYS - Dancing Shoes 4. DIDO and FAITHLESS - One Step Too Far 5. IBRAHIM FERRER - As Time Goes By 6. U2 e COCO FREEMAN - I Still Haven't Found What I'm Looking For 7. MAROON 5 - She Will Be Loved 8. KAISER CHIEFS - Modern Way 9. OMARA PORTUONDO - Killing Me Softly 10. VANYA and RDM featuring QUINCY JONES - Ai No Corrida 11. STING - Fragilidad 12. VANYA and RHYTHMS DEL MUNDO - Don't Know Why 13. AQUILA ROSE and IDANIA VALDEZ - Hotel Buena Vista 14. FRANZ FERDINAND - The Dark Of The Matineé 15. LELE featuring RADIOHEAD - High And Dry 16. IBRAHIM FERRER - Casablanca (As Time Goes By)
Para os que possuem menos de 30 , Fratellis é o nome dos bandidos do filme Gonnies, mas também pode ser o sobrenome do baixista da banda homônima e que todos os membros do grupo adotaram desde então.
The Fratellis é uma banda escocesa de 2005., formada por
Jon Fratelli (guitarra e voz)
Barry Fratelli (Baixo)
Mince Fratelli (Bateria , backing)
Até agora eles gravaram somente um álbum , Costello Music, mais um EP e alguns singles. O som é basicamente aquilo que sempre aparece depois dos Strokes, Libertines, mas os videos do grupo e a veia pop faz com que mereçam uma espiada.
Abaixo um clipe da musica Flathead, que já valeria a pena pelas pin-ups, algo meio Cinema Italiano dos anos de ouro, como Silvana Mangano. Mas a musica é muito boa. O bara bap bara ra ra bara bap bara ra ra ra não sairá da sua cabeça.
Apenas porque ela me alimenta bem E ela me fez ter uma conversa suja em um hotel rosa Não significa que ela tenha os olhos para Pode apenas querer meus ossos, você vê. Hey, cabeça raspada, você não pretende. Ela é a segunda melhor assassina que eu já vi Eles não são tão doentes quanto você Eu poderia ir se você me quiser. Isso é tão errado e tão agradável eu disse Uma vez e você me matou duas vezes Eu vi você na parte traseira do Club chewing no vidro e um pedaço de bilhete Eu ouvi que chutaram o garoto ate sangrar Eles botaram de pé e dize oh meu deus até que ela disse. bara bap bara ra ra bara bap bara ra ra ra Todo mundo sabe você é a primeira a ser chamada Quando as meninas começaram a ficar feia na parte de traz do muro Josephine diz você tem um nariz sangrando Apenas fascinado com ela aonde quer que ela vá Hey cabeça raspada não me verifique por dentro Que você, Eu tinha dirigido seu carro se você me perguntasse. Disse o menino não esta certo na sua cabeça Então ele se pôs de pé e ele chutou todos os lugares até que ela disse bara bap bara ra ra bara bap bara ra ra ra
E como pode se ver no video acima , de Chelsea Dagger, as pin-ups são uma obsessão da banda. Uma boa obsessão por sinal.
Enfim, não vai salvar o Rock, mas já alegra um dia de chuva.
André Jung dispensa apresentações, mas vai lá: Tocou no início dos Titãs, com quem gravou o primeiro disco. Depois de um tempo houve uma "troca" com o Gavin, baterista do IRA ! , que foi para o Titãs, e a partir dai não saiu mais do IRA !, que está desde o primeiro Vinil até hoje, contabilizando 13 álbuns (2 ao vivo pela MTV) mais algumas coletâneas "caça-niqueis" que as gravadoras adoram soltar pelo mercado. O IRA ! lançou recentemente seu mais novo trabalho, "Invisível DJ" ,
Clipe "Eu vou tentar" do novo disco , dirigido novamente pelo Selton Mello , o quinto IRA!
Abaixo um entrevista exclusiva com Andre Jung sobre sua carreira, seu processo de composição e o novo disco:
1- Como começou a sua HIstória com a Musica ? Qual o primeiro disco que te inspirou e que "mudou a sua vida" ? Comecei a me interessar por música quando entrei na adolescência, aos 14 fui estudar música barroca, mas não tinha a menor pretensão em me tornar músico(queria ser jornalista), só no colegial é que comecei a levar música mais a sério e quando terminei o segundo grau, embora tenha começado a cursar jornalismo na eca(usp), já estava decidido a ser músico (era então um percussionista). Dizer um disco só é difícil para mim, portanto vou citar alguns:imagine(john lennon), secos e molhados, fruto proibido(rita lee), clube da esquina(milton nascimento e lô borges).
2- Você gravou o primeiro disco dos Titãs . Depois, lembro - me de você tocando com o grupo no Fábrica do Som, enquanto o IRA ! ainda se apresentava com o Gavin. A sua saida dos Titãs se deu antes de ser convidado para o IRA ! ou rolou um tempo parado antes da troca ? Sim, deixei os titãs no dia primeiro de janeiro de 1985, estava no rio quando fui despedido, voltei para são paulo, meio sem chão e tive a grata surpresa de ser convidado pelo nasi e pelo edgard para entrar para o ira!, o que aconteceu no dia 2 de janeiro, rolou um tempo de algumas horas.
3- O seu jeito de tocar bateria pelo IRA ! ,mais perceptível nos primeiros discos ,é bem influênciada pelo som MOD, principalmente do Keith Moon, que aliás é referência explícita do IRA!. A Pergunta é, isso já era uma influência sua, ou tem a ver com o momento que você passou a fazer parte do grupo ? Tem a ver com o momento do ira! que antes da minha entrada era um grupo de forte influência pós-punk e que quando juntou a formação atual identificou no movimento mod uma tradução do que éramos então.
4- Moon usava um kit de bateria duplo , se livrando completamente do chimbau baseando sua ritmação no bumbo duplo e nos pratos de condução e ataque. Desta forma a bateria e o baixo de Entwistle praticamente solavam junto com a guitarra de Townshend, fazendo do WHO uma banda única. O quanto disso se aplica a você e consequentemente , quais as outras influências nãotão óbvias na sua maneira de tocar ? Moon foi um artista único, talvez a maior expressão de pura arte na bateria, sem conhecimentos acadêmicos, ele revolucionou a colocação do instrumento criando arrajos de bateria que mais se assemelhavam a uma orquestração erudita, ele foi um gênio, sem dúvida um dos mais viscerais e criativos músicos do rock, não tento imitá-lo, posto que não conseguiria, mais sua forma de lidar com a bateria é uma das minhas mais importantes referências.
5- Ainda na linha acima, cite alguns discos essênciais de sua coleção. ALías, você é um grande colecionador, ávido por coisas novas ? Tenho am bom número de discos, mas não sou um grande colecionador, amo música de um modo bem amplo e portanto não sou extamente um consumidor de rock, mas tenho vários discos do who (high numbers, who´s next, the who sings my generation, tommy, etc . . .), gosto de coisas novas, especialmente quando são realmente coisas novas, o que é bem diferente de coisas recentes.
6- Em uma conversa que tivemos em Araraquara certa vez , ao comentar com você que gostava do disco Clandestino, apesar de achar que faltava algo no mesmo, principalmente na mixagem, você me disse que odiava a bateria do disco, que achava mal gravada. Comente um pouco essa sua opinião, e da mesma forma,qual o seu trabalho que mais se aproximou de suas expectativas ? O som do "clandestino" me parece muito irregular, embora haja momentos que eu tenho muito apreço, especialmente a faixa título e "cabeças quentes" que considero um dos meus melhores momentos no ira! .Como discos do ira! em que gosto muito do som de bateria destaco "psicoacústica" e "você não sabe quem eu sou". 7- Fui num show do Edgar Scandurra há vários anos atrás e era somente ele e você na bateria. Você ainda o acompanha ? Foi no início do trabalho do edgard com música eletrônica. Quando ele começou o "benzina" e estava lançando seu primeiro disco tive a oportunidade de assisti-lo com outro baterista e senti alí que poderia dar uma grande contribuição à performance do disco se assumisse as baquetas, então o edgard me convidou e eu tive o prazer de acompanhá-lo em alguns shows, sou entusiasta do trabalho do edgard e sempre estarei à disposição se ele achar que precisa de mim. 8- A Warner lançou uma época um disco de raridades com uma mixagem muito ruim de várias musicas do IRA ! . Mostrando para o Nasi uma vez ele nem conhecia o CD. Vocês tiveram participações em alguns discos e tributos lançados esporadicamente, como "1914" e "Tororó" .Você saberia listar algumas dessas participações e se é dos planos do IRA ! reunir esse material ?
Não conheço essas "raridades", deve ser algum caça-níquel, também fizemosuma versão de "garota de ipanema", participamos do tributo aos secos e molhados, com "amor" e deve ter mais alguma coisa que não me lembro, mas como cada tabalho saiu por uma gravadora - algumas coisas ainda em tapes que nem existem mais - é difícil encarar a empreitada.
9- O IRA ! é uma das poupas bandas nacionais com carreira ininterrupta e com os mesmos integrantes (ao menos nos discos de estúdio) que sobrevivem lançando materiais de qualidade e sendo referência de atitude, palavra muito usada por vários artistas, mas raramente posta em prática. Muito famoso aquele episódio das "toquinhas de Papai Noel" no Chacrinha e que atrapalhou um pouco o IRA ! com a relação à mídia no final dos anos 80, mas ao mesmo tempo esse tipo de atitude contribuiu muito para criar uma carreira solída para a banda. Afinal, a que você atribui boa parte do sucesso desse casamento de 25 anos ? sem falsa modéstia, ao fato de sermos bons no que fazemos, cada um individualmente tem uma peculiaridade que faz com que a soma produza uma música poderosa, se não fosse assim, não estariamos mais juntos.
10 - No começo dos anos 90 , poucas bandas dos anos 80 conseguiram sobreviver na Mídia. O IRA ! continuou lançando discos mas a geração mais nova não tinha muito acesso à ele. Também tiveram bastantes problemas pessoais . Como isso afetou a banda, vocês pensaram em parar ? já pensamos em parar muitas vezes, mas a questão nunca foi o sucesso em sí, desde o primeiro álbum, formamos um público em caráter nacional, e mesmo que estivessemos distantes das rádios e dos programas de tv,conseguiamos viajar pelo brasil tocando para um público ávido por nossas músicas, temos um pé cravado no underground e, jovens e fortes, não foi difícil lidar com alguns desconfortos, os problemas dos anos 90 deveram-se muito mais `a excessos do que a "sucessos".
11- Gosto muito dos discos anos 9O do IRA !, principalmente o"Você não sabe quem eu sou", que , na minha opinião apresentou uma evolução no som da banda e resultou num disco mais elaborado. Depois foi lançado o ótimo disco de covers, "Isso é amor", um projeto que as vezes causa muitas reações negativas, mas que no caso do IRA ! resultou num trabalho honesto e maduro. Você , como integrante da banda , consegue definir as fases por qual ela passou durante os anos ? Esse tempo especificamente, foi um tempo de transição, saímos da warner e estavamos desacreditados entre as majors, então aconteceu uma tour pelo japão e voltamos de lá para assinar com a paraddoxx, pequeno selo com o qual fizemos dois discos muito legais, o "7", resgate de um rock básico e urgente, com sotaque de garagem, e o "vc não sabe quem eu sou", antítese, disco extremamente ousado onde usamos o estúdio como um laboratório criativo e subvertemos alguns procedimentos tradicionais do rock'n roll. O "isso é amor" marca nossa entrada na abril music, efêmera, porém poderosa então, e de certa forma vem a ser o momento em que a grande mídia voltou a olhar para o ira!. Com esse disco ganhamos o prêmio de melhor disco de música popular do ano, da associação paulista dos críticos de arte.
12 - As letras em sua maioria são do Edgard e do Nasi. Você tem participação em alguma musica nesta parte ? De qualquer forma, cite algumas musicas onde o seu envolvimento foi mais constante. a grande maioria das músicas do ira! são do edgard, eu diria que cerca de 70% são exclusivamente dele, e mais uns 15% tem ele como autor da letra (principalmente em parceria com o gaspa) ou da música (com Arnaldo Antunes por exemplo), tive participação em músicas como; "advogado do diabo", "melissa", "pra ficar comigo"(versão de "train in vain" minha e do nasi).
13- Como funciona o processo de criação da banda ? Não existe uma fórmula especifica, mas sempre sob pressão. 14- Em época de mp3 , o que eu vejo como o "Invisível DJ" , onde a nova geração está deixando de ter aquele fetiche pelo disco "físico", você se preocupa com o aspecto visual , toda essa concepção com a capa , o encarte ? Para o objeto disco vender nos dias de hoje, ele tem que oferecer um valor agregado, uma capa legal, fotos bem feitas, encarte, senhas, barulhos,stickers, tudo vale para que o disco resulte em grana que pague os custos,bastante altos, de fazer uma gravação de bom nível técnico.
15 - E falando nisso, o que há por trás de todas aquelas Moscas no novo CD ? Uma idéia, ao mesmo tempo provocativa e abstrata de criar uma identidade visual para o cd, aquele "da mosca".
16- Te incomoda os downloads que são feitos de suas musicas . Como você encara essas mudanças no mercado ? Não incomoda nada, não dá pra segurar a tecnologia e ela vai enterrar a mídia física como forma de comercialização da música, só que no momento tudo ainda é incerto e ninguém tem uma previsão confiável do que vai suceder o atual e moribundo modelo.
17- E você costuma baixar musicas , sejam elas raridades de artistas que você gosta ou novos trabalhos ? Não, ainda compro cds. 18- O que você tem ouvido de bom, de nacional a internacional ? O que você encara como uma banda que realmente trouxe algo de novo para a música, ou que pelo menos soube aproveitar as grandes influências do passado se tornando algo , ao menos relevante ? Nacional, gosto do Cachorro Grande, do Gram, do Relespública, da Nação Zumbi, e poraí vai. Gringo, escuto coisas novas como o Magic Numbers,Dresden Dolls, Ellen Allien, gosto de Air,Daft Punk, mas também escuto mestres como o Bob Dylan e seu ótimo "Modern Times" ou o "Smile" ao vivo do brian wilson (Beach Boys). Eessa sua segunda pergunta é muito ampla,mas acho que o rock não é um território exatamente de inovação mas em cada tempo surgem grupos que renovam aquela "mesma coisa", foi assim com os Beatles, Stones, Who, foi assim com o Police, os Ramones e o The Clash.
19- Você tem algum projeto paralelo ao IRA ! seja ele musical ou de outra forma ? Criei um projeto no qual atuo como diretor, produtor e músico chamado "totem", dele fazem parte, além de mim, o Lino Crizz nos vocais, a Michelle Abu na percussão e bateria, o Jonas Moncaio no cello e o Adriano Grineberg nos teclados e baixo. O primeiro disco do totem,"pindorama", está nesse momento sendo masterizado pelo Ricardo Garcia, a mixagem foi feita pelo Carlo Bartollini (Você não sabe quem eu sou) e por Ricardo Ortega. estou em tratativas para lançá-lo no brasil e na europa e devemos começar a ensaiar em breve (o grupo ainda não tocou junto). 20- Quais são os planos do IRA ! para esse ano ? O que você espera do novo trabalho, "Invisível Dj" ? Claro que ainda é cedo para ter o distanciamento necessário para responder, mas , você está satisfeito com o resultado ? Espero que façamos uma boa turne que possibilite um giro por todo o país, e nos traga um bom retorno.Estou muito contente com o disco ,e acho que ele tem luz própria dentro da nossa obra.
21- O novo "Invisível Dj" transpira amor (de forma direta e irônica), mas também política , sendo na ótima "O Candidato" , seja de formas mais sutís. É muito difícil fazer uma musica política direta e não parecer datada ou mesmo relevante de certa forma . Como você encara tudo isso, e esse momento que o Brasil está passando , com uma das Esquerdas mais "de Direita" que se tem notícia ? acho que vivemos um momento em que o pais avança mas não depura suas lideranças, nossa esquerda nunca mais será a mesma, mas isso é bom, não existe o monopólio da verdade. 22- o Acutico MTV trouxe para o grande publico grandes musicas do IRA !que não tiveram muito chance no passado , como o caso de "Girassol" e "Eu quero sempre mais", do obscuro "7", lançado à época pela Paradoxx. Existe alguma musica que acha que ainda falta que seja feita justiça (não vale a ótima "Cabeças Quentes" e "Clandestino") ? Campos prais e paixões é uma música que acho muito forte, muitas do cd "meninos da rua paulo" também.
23- Para finalizar, de praxe , deixe uma mensagem para os fãs e comente algo que você queira e possa não ter tido oportunidade ? Abraços aos que acompanharam essa entrevista, a música pode não mudar o mundo, mas com certeza, faz dele um lugar muito mais suportável.
Diego Medina é Musico, ILustrador e porque não , um agitador cultural. Figura preente na cena musical Porto-ALegrense, chegou a ensaiar a fama como vocalista da banda VideoHits , que teve uma pequena repercursão nacional (Gravando até com lendas como Gerson King Combo e com ROnnie Von , na regravação de "SIlvia 20 horas domingo").
Seu debut musical se deu em Porto Alegre com a grande vinculação da impagável "Epilético" , sob a acunha de Doiseu Mimdoisema (uma brincadeira com o próprio nome : Di = Dois / Ego = Eu / Me = Mim / Di = Dois / Na = Em + A = Ema ... muita loucura ? NÂo pra quem conhece o Diego). O fato é que a fita gravada precariamente em sua casa acabou sendo um sucesso e ´bem vinculada em uma rádio local, chamando a atenção de muita gente. Chegou até Miranda (aquele mesmo, agora famoso com o programa Ídolos, mas já figura lendária no meio) que na época comandava o selo Banguela dos TITÃS , mas o disco nunca saiu.
Diego continuou seguindo carreira na musica, montou o já citado VideoHIts, e com a Internet começou uma grande produção musical (incluindo uma saga em Torres - RS), sempre travestido em diversos personagens. Sua carreira de Ilustrador também é muito elogiada, com trabalhos publicados em diversars publicações (Como a MTV, VEja, folha de São PAulo)
Isso sem falar da fase Garoto de Propaganda. Além do impagável "CHOCOLATE" no comercial da TWIX, também está como figurante no comercial da cerveja Polar e em breve numa nova campanha.
PAra conhecer mais esse trabalho, acessem o seu site (http://www.diegomedina.com) e tentem decifrar um pouco esse enigma que é o Diego em uma entrevista exclusiva 1- Como se deu o encontro com o Gruff , do Super Furry Animals ? Aquela sua cara , enquanto ele está escrevendo é impagável. Eu fui apresentado ao Gruff há mais ou menos 3 anos atrás pelo Kassin, produtor musical carioca. O SFA tava no Rio mixando o disco Love Kraft e eu estava passando uma semana na cidade. Encontrei com o Gruff em 3 dias diferentes por lá e cheguei a bater alguns papos com o cara. É uma amor de pessoa, muito querido, sossegado, sem estrelismo algum. Aí agora há pouco em 2007 ele me mandou um email avisando que iria vir para o Brasil para tocar em SP e gravar um documentário sobre comunidades galesas vivendo na América Latina. E também me contou que viria para o Rio Grande do Sul para fazer parte do documentário e passaria por Porto Alegre. Queria me encontrar. Ficamos conversando por email durante umas 2 semanas e marquei com ele uma visita aqui em casa pra gravar alguns vocais pro meu disco novo. Gruff topou numa boa. Na quarta, dia 6 de junho de 2007, tava o cara aqui em casa, junto do cameraman oficial do SFA e mais 2 brasileiros. Jantamos juntos, conversamos e depois ele botou lindos vocais no meu disco, gravando aqui na minha sala sem problema algum. Fez uma letra em galês falando sobre uma criatura que habita a floresta e gosta de assustar as pessoas. Acompanho o SFA há quase 10 anos e ter o cara aqui na minha casa compondo e gravando sem frescura alguma foi um sonho virando realidade.
2- Você teve um certo sucesso local com a musica "Epilético", qdo se denominava Doiseu Mimdoisema. Ainda me lembro de quando recebi a fita cassete com seu primeiro disco, gravado precariamente, mas mesmo assim (ou quem sabe por isso mesmo) com uma grande criatividade. Era para ser mesmo apenas um K7 para um amigo que acabou se tornado o que se tornou, com a ajuda do Miranda , ou isso é só uma lenda ? Não é lenda não. Foi isso mesmo. Gravei a fita para dar de presente pra um amigo meu, tirei mais algumas cópias pra vender numa locadora de CD e uma dessas cópias acabou sendo comprada por um DJ de uma rádio local. A música virou hit na rogramação da rádio e depois o troço foi crescendo, crescendo, crescendo até chegar no Miranda. A Doiseu virou um quarteto e assinamos contrato com a Banguela Records (selo que lançou Raimundos e Mundo Livre S.A.), mas o disco nunca foi gravado. Ficou por isso mesmo. A Doiseu durou de 1994 a 1996, uma vida curta mas muito divertida. É a tosqueira que abriu as portas do mercado musical pra mim e por ela sou muito grato.
3- Qtos títulos teve o Doiseu Mindoisema ? Ainda pode ser encomendado na Medina Records ?
A Doiseu lançou 5 fitas demo. Tenho todas em 2 CD-Rs. Quem sabe um dia não saia oficialmente em CD... Aceito convites com o maior prazer.
4- Embora muitas pessoas não liguem muito o nome a pessoa , com certeza já viram ilustrações suas em revistas como a MTV, programas de Televisão, na Folha de São Paulo. Atualmente você está com uma exposição na Mundo Arte Global . Fale um pouco disso ? Meu lado ilustrador profissional começou pra valer trabalhando pra Folha de SP. Depois de um concurso que o jornal abriu no final de 1999(?), fui chamado pra entrar pra equipe de arte dele. Trabalhei como ilustrador diário da Folha por 3 anos. A partir daí minha carreira como ilustrador seguiu adiante, trabalhando para várias revistas e outros meios nacionais e internacionais até hoje. A minha primeira exposição foi muito legal, fiquei surpreso com a receptividade do pessoal tanto da galeria quanto os que foram ver. Ela já encerrou, mas dá pra ver algumas fotos no site.
5- Musico , Ilustrador, fã, Compositor, Escritor, Videomaker ... Quem é Diego Medina ? É tudo isso, menos escritor e videomaker. De videomaker eu até tenho um pouco... No segundo grau do colégio,adorava fazer vídeos caseiros com historinhas. E ultimamente anda batendo uma saudade de fazer esses vídeos,mas me falta tempo pra colocar mais essa tarefa no meio de tudo. Ah! Faltou também o garoto propaganda de cerveja gaúcha, hahahahaa! Diego Medina é um cara que odeia depender dos outros e gosta de fazer as coisas do seu próprio jeito, por isso acaba se metendo em tanta coisa.
6- No começo dos Anos 00 você consegiu atingir um público mais amplo com o Video Hits, tocou no Bem Brasil, teve distribuição pela Abril . Por que o Video Hits não deu certo ? Talvez porque a gravadora não investiu em promoção o suficiente para a banda. Talvez porque os integrantes ainda não tinham uma mentalidade necessária pra encarar o grande mercado musical.Talvez porque não era a hora. Talvez porque o mercado pop chiclé não seja pra mim mesmo.
7- E o Medina Bros Orteskra seu projeto folk em Inglês . Foram somente dois discos ou vem mais por ai ? Por enquanto 2 discos. Só Deus sabe se vai ter mais. Talvez quando bater a vontade de gravar de novo em inglês eu não lance outro MBO. Agora eu quero me dedicar ao disco novo (sem falar que tenho um disco inédito com 14 faixas prontinho que não foi lançado ainda. Iria sair por um selo carioca, mas não rolou. Vai na linha de gravação do Senador Medinha, mas sem história. Quem sabe um dia sai?
8- Você está com um novo disco saindo. O que pode adiantar para nós ? É o segundo disco do Senador Medinha, também com historinha e trocentas faixas - tô prevendo 25 até agora. Mas várias coisas diferem este segundo do primeiro: - a composição, produção e gravação das músicas não foram feitas comigo sozinho, mas junto com uma amigona minha, a Desirée. Ela é violinista dos Massa e vocalista da Monodia. Tudo começou no final de 2006, quando Os Massa tavam reunindo repertório pra gravar um terceiro disco "oficial". Começaríamos a gravar em janeiro de 2007, mas o pessoal do grupo não tava muito pilhado pra levar adiante o troço. No final das contas, os únicos doidos pra gravar eram eu e a Desirée. Decidimos então fazer um outro disco por nossa conta e acabou saindo isto; - tem várias participações especiais: Thomas Dreher, Os Massa, Roberto Panarotto (Repolho), Bubu (baixista Los Hermanos), Gruff, Kassin, Flu e por aí vai. Desculpa se me esqueci de alguém, mas é que realmente tem muita gente participando neste disco; - a história quase não tem narração (algumas aparecem em certas horas) e vai tratar sobre zumbis e humanos. É meio que uma crítica social bizarra camuflada de ópera rock
9- Mudando um pouco de foco, agora para o Cinema, você me disse que curte Jodorowsky. E falando nele, uma pena que o projeto de "Duna" acabou caindo nas mãos de David Lynch na época. Ele também está tentando produzir uma continuação de seu cult "El topo". Do que mais você gosta nessa linha de Cinema ? Adoro Jodorowsky. O cara estrapola demais nos filmes, arrebenta com trocentos tabus, usa e abusa de arquétipos, mete psicodelia no meio, trabalha super bem com cores / fotografia e por aí vai. Meus 2 filmes preferidos dele são Holy Mountain e El Topo, duas overdoses visuais maravilhosas. Toda a minha turma de amigos, incluindo minha mulher, não aguentam ver Jodorowsky. Acham cabeça demais. Eu acho que é cabeça sim, mas é um "cabecismo" demente que pode inclusive entreter. Comprei agora há pouco esta caixa .Bah, só alegria!
Não sabia dessa continuação do El Topo. E acredito que Duna seria um filme maravilhoso se o homem tivesse levado adiante. Dessa turma de cinema eu curto uma série de coisas. Adoro esse pessoal que segue por uma linha mais absurda, surrealista, sem medo de experimentar coisas novas ou "proibidas". É claro que nem todos conseguem produzir filmes legais. Alguns acabam lançando mediocridades querendo se fantasiar de arte, ou então filmes com linguagem extremamente hermética que enche muito o saco de ver.
10- Foi lançado aqui no Brasil finalmente o curta "Velvet Underground" do Andy Warhol e dê quebra vem junto "Vynil", a primeira versão de "Laranja Mecânica" dirigido pelo mesmo Warhol nos anos 60. Você já assistiu ? Andy Warhol ou o Velvet é uma referência para você ? A estética mais trash do Warhol me atrai em alguns aspectos, mas só em alguns. E Velvet Underground (a banda, é isso?) tem belos discos, mas não considero ser uma grande influência pra mim. Respeito os 2, mas não adoro de paixão.
11 - Você comentou comigo que está de olho no Cinema Oriental. Depois da onda de remakes americanos e até uma grande distribuição dos originais por aqui, a onda agora, com o sucesso dos "Infiltrados" são os policiais. Parece que logo virão os versões de "Assassino em SIlêncio" dos irmãos Pang (Mais famosos pelos filmes de terror , como "The Eye") , com Nicolas Cage, "Confession of Pain" novamente com o DiCaprio, também a possível sequência dos "infiltrados", entre outros. As locadoras também trazem bons títulos , desconhecidos do grande público como "Conflito Mortal" (As Tears go By) , "Profissionais do Crime" (Fulltime Killer), "Memórias de um Assassino" (Memories of Murder) do diretor de "The Host" , outro filme de terror que deve ter versão americana. O que você recomenda de filmes orientais ? Que estilos ? Recomendo grande parte dos filmes do gênio Takashi Miike (Ichi The Killer (o melhor do Miike na minha opinião),Imprint, Izo, Gozu, Audition, Visitor Q (AMO ESSE FILME)). Outros títulos japoneses que gosto muito: Taste of Tea, Survive Style 5+, Funky Forest, Yaji and Kita - The Midnight Pilgrims, Jigoku (a primeira versão), Uzumaki, 964 Pinocchio, Battle Royale (o primeiro), Kichiku dai Enkai (esse da metade em diante é uma sangueira desgraçada), Marebito, Nine Souls, Sympathy for Lady Vengeance (tipo um Oldboy feminino) (N.E. Alias , do mesmo diretor,Park Chan-wook e que fecha a trilogia sobre vingança , iniciada com Sympathy For Mr. Vengeance e seguida por Oldboy)
12- Você assistiu o tão falado filme coreano de monstros, "O Hospedeiro" ? Não vi, mas me falaram super bem.
13- Em que momento de sua vida você decidiu que iria ser músico ? Quando me dei conta que... poderia fazer música e que era uma atividade bem divertida. Ganhei minha primeira guitarra aos 10 anos. Eu adorava Kiss e queria tocar baixo como o Gene Simmons. Aí um tio meu que é músico me disse que primeiro eu teria que aprender violão ou guitarra antes de pegar no baixo. E assim foi...
14- Quais são suas influêndias, as obvias e as não tão óbvias assim ? Psicodelia, a segunda metade dos anos 60, orientais, experimentais, gente de bom coração e sem frescuras.
15- Que som você tem ouvido atualmente, nacional e internacional que te agrada e faz acreditar no futuro . Nacional eu tenho ouvido Do Amor (uma banda nova feita pelos remanescentes da Carne de Segunda - www.myspace.com/doamor ) e o disco do Kassin + 2 - Futurismo. Internacional: - The Aliens - Astronomy For Dogs - Bryan Scary - The Shredding Tears - Caribou - Andorra - Welcome - Sirs - The Bees - Octopus - Tomahawk - Anonymous - Michaelangelo - One Voice Many - a rádio WFMU (www.wfmu.org)
16- E pra finalizar, fale a vontade sobre algo que você deseja, mais não teve a oportunidade de responder . Ah sei lá... Tô muito animado com o meu disco novo. Não vejo a hora de finalizar esse álbum e mostrar pra todo mundo. Acho que vai dar o que falar, seja gente falando bem ou falando mal. Vai ser um caso de amar ou odiar completamente porque acredito que seja um disco que não vai passar desapercebido, modéstia à parte. E realmente queria lançá-lo em CD desta vez. Acho que ele merece sair com encarte bonitão com as letras, etc. Se não rolar algum convite, eu talvez banque os gastos com CD. É um troço que tô levando muita fé.
O apelido sempre causa estranheza. Mas André Nervoso, ex baterista do Acabou La Tequila e de passagem por boa parte da cena musical carioca , agora como frontman da Nervoso e Os Calmantes ao contrário do que o nome sugere não é assim tão nervoso... O apelido vem do tempo em que pegava ondas. Mas pensando bem , André é Nervoso sim, no ritmo e nas composições ácidas e ao mesmo tempo recheada de amor.
Já com uma coleção de musicas , mas que segundo o mesmo não funcionava na voz de outras pessoas , Nervoso saiu em carreira solo em 2003, após gravar o Cd do Matanza, com o seu EP "Personalidade", titulo bem apropriado. Mas foi de disbruição restrita.
Finalmente , em 2004, lançou o CD "Saudades de minhas lembranças" pela Midsummer Madness , uma coleção de ótimas canções Pop, como o Pop deveria ser. "Já desmanchei minha relação" já nasceu clássica. O Disco ainda trazia uma parceria com o colega Rodrigo Amarante (do Los Hermanos), que participa na faixa "Mais Justo". Outro bom momento é "O bom veneno".
Com maior distribuição Nacional, saiu pela revista Outra Coisa o cd de remix do mesmo álbum , agora intitulado "Lembranças de minhas saudades - Remix memoráveis". Nervoso entregou suas musicas nas mãos de vários musicos como De Leve, Flu, Edu K, Kassin entre outros. Não deixa de ser interessante, mas não é a melhor maneira de se conhecer o musico, que agora, junto com "Os Calmantes" está prestes a lançar seu mais novo trabalho. Algumas canções podem ser ouvidas em sites como a Trama Virtual. De cara , a bela "Canção do Vento" , parceria com Bernardo Vilhena, e que foram lançadas no EP "Enquanto o disco não vem" que está para ser baixado, junto cm a capa no site da midsummer madness. O EP trás uma impagável versão de "Máquina Voadora" (aquela mesma, do Ronnie Von)
Neste ano, junto com a banda Lafayette e Os tremendões, que reune além do tecladista da jovem guarda Lafayette, Erica Martins (ex Penelope, atual Telecats), Gabriel Thomas (autoramas), Renato Martins (Acabou La Tequila e Canastra), o baterista Marcelo Callado (Canastra), participaram da trilha sonora de "A grande Familia - o FIlme". É o vocal de Nervoso que aparece no filme.
Abaixo, uma entrevista que fiz com ele no fim de semana
1 - Você teve passagem por várias bandas Beach Lizards, Acabou La Tequila, 77 Idols, Autoramas e Matanza . Chegou a tocar com o Los hermanos em algum momento ? A boa resposta para a sua carreira como frontman te surpreendeu ? R: O Barba estava com hepatite e eles (Los Hermanos) me chamaram para tocar bateria em meio a boemia da Rua Ceara, no Garage, pouco antes de lancarem o primeiro disco. Acho que foi a primeira vez que eles tocaram Anna Julia ao vivo.
2- Fale um pouco da sua carreira paralela com o Lafayette e os tremendões . Foi bom ter parcipado de um título tão comentado como o filme da "Grande Familia" ? R:Qualquer envolvimento com cinema é sempre gratificante. Sou apaixonado pela setima arte, costumo produzir trilhas e estar num set de filmagens é um aprendizado e tanto. 3- O seu som tem uma boa referência com a Jovem Guarda e consequentemente foi bastante citado como o Frank Jorge do Rio. Você acompanha a carreira do cantor Gaucho e isso te envaidece de alguma forma, ou o contrário ? O que dizem do meu som é uma conclusao alcancada com base no que se ouve no primeiro disco. O Frank é apenas uma das minhas referencias contemporaneas. Eu mesmo o citei como tal. Portanto é claro que é um motivo de orgulho, apesar de nao se tratar de um adjetivo que defina com precisao o meu trabalho artistico.
4- Seu primeiro disco solo saiu como Nervoso, assim como o disco de Remix. Agora você está dividindo os créditos com Os Calmantes. É uma forma de dividir certa responsabilidade , ou mesmo a falta de poder tocar em uma banda ? Com exceção do nosso atual baterista Sergio Martin, a banda continua a mesma que gravou o primeiro disco. Mas, naquele periodo ainda nao pensavamos em definir o projeto como banda. Ate que pintou o Tavinho Paes com ideias malucas referentes a laboratorios quimicos, anti-depressivos nervosos e.. calmantes! Pronto! Por mais dificil que pareça, a ideia é se distanciar do Nervoso "pessoa" e se aproximar mais do Nervoso "personagem", que não funciona muito bem sem seus "calmantes".
5- Para quando podemos esperar um novo trabalho ? Dá para adiantar o que você espera desse novo álbum ? Cara, esse disco é um grande disco. Pelo menos para gente. E para os caras do estudio SomaRio, que alem de tirarem um grande som, me ajudaram a produzir. Acredito que seja um trabalho bem mais abrangente, com mais ideias, mais referencias. Só me resta saber se ainda vao me chamar de Frank Jorge do Rio depois de escutarem.
6- Quais as suas influências , aquelas obvias e as não tão obvias assim no seu som e na maneira de compor ? Roteiros cinematográficos sao extremamente uteis na hora de compor as letras. Assim como meus sonhos e cotidiano, que nao deixam de ser roteiros cinematograficos. Tenho escutado muita musica eletronica, trlhas sonoras, som brasileiro bom. Acho que um bom show é inspirador para compor tb. Ontem assisti os Moveis Coloniais no Canecao. Foi incrivel. Esses caras sao otimos personagens para minhas musicas. O encontro do Lanny Gordin com o Amarante tb foi inesquecivel, pois sou fã dos dois.
7- Existe alguma banda ou cantor que você acompanha a carreira e espera ansiosamente por um novo trabalho ? Você gosta de baixar musicas inéditas ou raridades desses artistas ? Wilco, Air, Ennio Morricone, Danny Elfman e Squarepusher andam no topo. Certamente baixo muitas raridades, especialmente do Ennio, que fez muita coisa boa que nao chegou as lojas daqui, como a incrivel parceria com o Dario Argento
8- E no novo Rock, ainda existe alguma banda que te atrai ? R: LCD Soundsystem, Rapture, Arcade Fire 9- É sabido que a carreira artistica , em qualquer lugar do mundo, mas principalmente no Brasil exige muita dedicação e vontade. Como começou seu envolvimento com a musica ? Você sempre trabalhou com isso ? Dá para se manter como tal ? Comecou quando era crianca. morava num loteamento na Zona Oeste carioca e montava bandinhas com os amiguinhos, batucando em latas. Ja fiz um pouco de tudo nessa vida - fui barman, garcon, agente do IBGE, DJ, panfleteiro, redator, editor - mas meu envolvimento é mesmo com a musica. Agora consigo me manter compondo trilhas para tv e cinema. E volta e meia pinta uma merreca de direitos autorais. 10- A Orquestra Imperial (que está lançando seu primeiro disco "Carnavel só ano que vem") reune grandes estrelas da cena musical carioca, como Kassin, Amarante , o Berna , Nelson Jacobina . Você teve algum envolvimento com a Orquestra ? Sao todos meus amigos. Tenho parcerias musicais com a Nina Becker, estou compondo uma musica com o Max, ja tive banda com o Kassin, Berna, Pedro Sa, Leo Monteiro e Bartolo (todos ja passaram pelo acabou la tequila), o Amarante ja gravou no meu disco.. O Stephane acabou de gravar percussao no mnosso novo disco... e por ai vai 11- Você irá tocar hoje a noite com o Arnaldo Brandão (Hanoi-Hanoi). Como se deu esse encontro ? O Arnaldo me convidou para cantar Bom Veneno e Radio Bla. Foi divertido. Ele é um grande amigo e me ajudou na epoca em que eu gravei o EP Personalidade no estudio dele 12 - Você já trabalhou com o Amarante no primeiro disco, tem esse projeto como Os Tremendões , tem alguns artistas que você tem vontade de trabalhar ? Cite alguns Ah.. varios, ne? Adoro parcerias. Falando dos brasileiros, queria fazer algo com os Mombojó, Frank Jorge, Caetano, Tom Ze, Rita Lee, Lucio Maia, Pupilo, Instituto, Flu e De Leve, entre outros
13- Você disponibilizou algumas musicas para download, como a belíssima "Canção do Vento". No Orkut, há alguns forum que trazem links de seu primeiro trabalho. Ao mesmo tempo que isso ajuda a divulgar o seu trabalho existe a questão delicada dos Direitos autorais. Isso te incomoda , ou você acredita que mais ajuda do que atrapalha, uma vez que mais gente pode conhecer o seu som ? Nao vou ganhar mais ou menos direitos se minha musica tocar na casa do sujeito que fez um download. E ela nao vai deixar de tocar na radio ou tv ou palcos poor conta disso. Nao da para recuperar o dinheiro investido vendendo menos do que dez mil copias. É mais negocio fazer com que as pessoas cantem nossas musicas nos shows, que sao nosso verdadeiro sustento no fim das contas 14- Tem algum recado que você queira dar , algo que gostaria de comentar e não teve chance ? Deixe um recado final para seus fãs. Integridade, fé e perseverança. Viva a essencia interior!
O cubano Buena Vista Social Club, retratado no documentário homônimo dirigido por Win Wenders (e se vc não assistiu pare de ler aqui e vá correndo em uma locadora, ou em algum magazine que custa menos de 10 reais), acabou de lançar o espetacular álbum Rhythms del Mundo, onde eles gravaram versões de musicas de bandas como Radiohead, Arctic Monkeys , Coldplay, Franz Ferdnand, Kaiser Chief.
