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segunda-feira, 21 de julho de 2008


De quem é a Musica ?

Muito se discute atualmente sobre o futuro das gravadoras. O Radiohead ano passado (parece que já faz anos) lançou o ultimo album direto para download ao preço do que se quiser pagar , e somente depois o dito Disco fisico de "In Rainbows"chegou as lojas. Enquanto uns seguiram o mesmo passo da banda , Gene Simmons do Kiss resolveu por sua vez criticar a banda e a acussar de acabar com a cultura do Disco. Ok Gene, exageros a parte, o Radiohead apenas viu o inevitável e seguiu com a corrente. Particularmente não vi nada de espetacular nisso, foi uma otima jogada de Marketing, a banda mostrou uma otima visão de mercado e ademais , o Radiohead nunca se mstrou uma banda normal.

A Trama por sua vez resolveu lançar o disco com patrocinador, onde a banda recebe pelo trabalho baixado onde Empresas cedem uma verba mensal a ser dividida entre
todos os downloads realizados durante o período; No início de cada mês, a TramaVirtual anuncia neste espaço o valor a ser dividido; Ao final do mês, é anunciado a quantidade de downloads realizados no período e o quanto os artistas receberão por download e a partir do momento em que o artista acumular R$50,00, ele pode resgatar seu dinheiro, feito em deposito em conta corrente.

De qualquer forma, é obvio que a maneira que se consome musica ultimamente mudou. Conheço pessoas de até 24 anos que nunca comprou um album original na vida e nem ao menos pensa em fazer o mesmo. E as vezes me surpreendo quando alguém me interroga o porque eu comprei tal disco se tem na Net de graça. Sinais dos tempos.
Já ouvi também discussões onde fãs argumentam que o verdadeiro fã irá comprar o álbum original , mesmo tendo baixado em MP3 (o que não deixa de ser verdade), mas egos a parte, será que aquele que opta por ter apenas o MP3 é menos fã que o outro ? Ou possuir o CD hoje em dia é apenas mais um fetiche , um objeto de colecionador ?

Objetivando lançar uma luz sobre o assunto (ou complicar um pouco mais), abaixo uma pequena entrevista com 3 representantes dessa vasta seara musical brasileira.


1 - Como vocês vêem o futuro da musica em relação à MP3 . Qual o caminho para as gravadoras ?

WANDER WILDNER (El Cabalero Solitário): Não vejo o futuro, mas imagino que cada vez será mais facil de se trocar informações via internet,. Também imagino que a Internet será via fiação de luz, em todas as casas. Mas não sei o quanto isso vai realmente ajudar, pois ter muitas ferramentas é ótimo, mas é mais importante saber usá-las. Não vejo nenhum caminho para as gravadoras. Isso é problema deles.

FABIO ELIAS (Relespublica) : O futuro é agora. Já começou! Acho uma ótima essa de mp3. Antes, quando tínhamos que mandar por correio a fita k7 ou até mesmo o cd, gastávamos uma grana que dificultava chegar nos ouvidos da moçada atenta ao novo ou até mesmo pra tentar agendar os shows. È claro que ainda nos pedem muito o material, pra poder levar em rádios e tocar a música e não é todo mundo que tem mp3 ainda. Mas hoje com MySpace, sites, downloads e afins, fica bem prático para o público curioso te conhecer e conhecer seu trabalho. Ficou acessível e quase gratuito. Realmente é algo que não tem mais volta eu penso. A realidade é outra de 10 anos atrás. O caminho das gravadoras agora é inverso. Antes o artista procurava as gravadoras, empilhando discos e fitas nos armários e gavetas dos executivos. Hoje, quem for mais acessado se torna popular e as gravadoras vêm atrás e financiam a gravação e distribuição do disco físico, que logo, logo também vai virar artigo de colecionador.Nós vamos lançar virtualmente e depois prensar os discos físicos para os mais fãs e quem preferir ter o cd na mão.

MARCELO BIRCK : Creio que ninguém sabe ainda qual será o impacto total do momento tecnológico que atravessamos, e um fenômeno sintomático disso está no fato de que ultimamente uma parcela significativa dos artistas estourados chama mais a atenção pela maneira como obteve destaque do que pela obra em si. Mas algo que já é perceptível é a relativização de critérios tidos como hegemônicos, tais como a noção de autoria ou número de cópias vendidas. Quais as relações comerciais que estão surgindo, isso ainda é uma incógnita. Chego a me perguntar se todo este cenário não configura uma nova realidade econômica, que de tão radical estaria baseada em outro critério que não a mensuração direta do valor de um produto específico. Sobre estilos e novas possibilidades de combinações do material sonoro, seria interessante que os artistas se estimulassem com as novas situações, e se aventurassem a buscar uma estética que pudesse refletir o momento, repleto de oportunidades. Me surpreende perceber que a galera ainda não entendeu que a investigação sonora é algo realmente divertido.


2 - O que significa essa nova geração ,onde muitos nunca compraram um CD na vida e colecionam musicas em seus aparelhos de MP3 portáteis ?

Wander : Costumava jogar fora as caixas de CDs e ficar somente com os CDs para ocupar menos espaço, mas isso faz muito tempo. Hoje em dia eu não compro mais discos, não escuto muita musica, só a que façoe alguma coisa de trilha sonora para alguma outra coisa que esteja fazendo, como limpando a casa, lavando roupa ou cozinhando. Essa nova geração, sei lá, será que eles vão usar essas ferramentas com responsabilidade ? Não sei não, penso isso porque talvez eu prefira musica popular, mais crua e tradicional, você entende ?

Fábio : A nova geração está ligada no novo, nas novas tecnologias. Como éramos também aos 10, 15 anos de idade. Tudo que era novidade era bem vinda e hoje não é diferente. Só é mais rápido que outrora o acesso à informação. Seria demais se eu pudesse colocar 300 músicas no meu k7 e saísse pela rua ouvindo tudo o que quisesse nessa idade. Mas como sou um jomem (jovem homem) faço isso hoje no meu celular! Prático, não?
Sem essa que o disco é legal e o mp3 é ruim ou vice-versa. Tudo é legal! As mídias se substituem sem deixar de existir a anterior. O que importa é facilitar a vida de quem curte música e para isso o mp3 veio em muito boa hora.

Marcelo: Vão acabar descobrindo outras coisas, até porquê várias mídias tidas como ultrapassadas ainda estão aí, tais como o CD, o vinil, super-8. Descobrir outras formas de percepção e armazenamento de informações é como um sótão cheio de velharias, ou algum sebo escondido em um canto da cidade: um verdadeiro parque de diversões

3 - A Internet virou uma ótima fonte para se conhecer novas bandas ou mesmo trabalhos de grandes artistas que dificilmente seriam encontrados no passado, shows, raridades , um grande acervo on-line. Do ponto de vista de um fã é uma oportunidade de poder ter um material vasto sobre o artista. Mas como é o outro lado ?

Wander : No meu site eu tenho colocado vários videos dos shows de lanámento do disco "La Cancion Inesperada". Um material simples, porem, que vale como documento. Isso me basta !

Fábio : Exatamente como você vê! Você pode pensar: “Ah! Mas o Fabio é compositor, quer receber pelas músicas que escreveu!” Claro que sim! Mas não da maneira antiga apenas, com os arrecadadores de direito (ECAD) e sim, também por meio dos fãs que crescem a cada dia dizendo que curtem nossas músicas. Esse é o melhor pagamento que poderíamos receber. É ótimo que as músicas dos nossos discos, que já saíram de catálogo há um tempão, estejam disponíveis na rede. Eu por exemplo, dei todos os meus discos para fãs e amigos, então tenho que baixar tudo de volta pra poder ter minhas músicas. Sacou? Viva o novo, viva o mp3 e viva a música livre!

Marcelo: O acesso á informação é fantástico, sempre se descobre facetas que dão uma nova compreensão para coisas que em um determinado momento pareciam estar esgotadas. Eu mesmo, recentemente descobri o Yé-Yé francês, e fiquei de queixo caído com a qualidade de algumas produções, coisa que até pouquíssimo tempo atrás eu nem desconfiava. Por outro lado, a indefinição das relações comerciais gera uma grande inquietação, exigindo uma reflexão sem precedentes. Mas um ponto positivo me parece ser o fato de que as pessoas estão mais propensas ao debate e a associações com objetivo de viabilizar vários trabalhos, e não apenas um só (como era o modelo das gravadoras).

segunda-feira, 14 de julho de 2008

Normal Adolescent Behavior : Havoc 2



ançado discretamente — ou melhor, às pressas — com o subtítulo Havoc 2, este longa-metragem já denuncia, no título oportunista, o que está por vir: uma produção desconexa, desinspirada e desnecessária. Ainda que carente de qualquer relação com Havoc (2005) — no Brasil, Garotas Sem Rumo, lembrado quase exclusivamente pela atuação ousada de Anne Hathaway —, a sequência apócrifa tenta capitalizar em cima de um nome que, convenhamos, já era pouco conhecido.

Neste suposto “segundo capítulo”, a história gira em torno de uma jovem interpretada por Amber Tamblyn (de “Joan of Arcadia”), que se vê envolvida com um novo vizinho misterioso e um grupo que mais parece uma seita suburbana. O enredo, no entanto, parece ter sido costurado com pressa e desleixo: cenas desconexas, motivações vagas e um ritmo que oscila entre o pretensioso e o apático.

O roteiro — ou o que sobrou dele após o que se presume ser uma edição caótica — carece de qualquer lógica interna. As intenções de provocar ou discutir temas mais densos ficam soterradas sob um mar de clichês mal executados e diálogos que não contribuem nem para o avanço da trama, nem para o desenvolvimento dos personagens.

A tentativa de imprimir um tom provocativo naufraga diante da falta de coragem narrativa e da direção tímida. Há insinuações de crítica social e comportamental, mas elas não se sustentam, tampouco ganham corpo. O resultado é um filme que se leva a sério demais, sem ter fôlego dramático para tal.

O elenco, visivelmente limitado pela fragilidade do material, também não consegue salvar o projeto. A fotografia é genérica, a trilha sonora inexistente e a direção de arte parece saída de um episódio de reality teen. Tudo isso culmina em um produto final que soa mais como um piloto rejeitado de série adolescente do que como um filme destinado ao circuito cinematográfico.

Havoc 2 provavelmente cairá no esquecimento tão rapidamente quanto foi lançado, e talvez esse seja seu maior alívio. Sua única função útil, no fim das contas, é a de alerta: se você se deparar com esse título em uma prateleira ou plataforma de streaming, passe longe. Considere esta crítica um aviso público.

domingo, 13 de julho de 2008

HANKOCK

Estreou a pouco o mais novo filme de Will Smith , depois da dispensável nova versão de "Eu sou a Lenda" de Richard Matheson, que já rendeu os ótimos "O Ultima Esperança da Terra" com Charlton Heston e "Mortos que Matam" com o bom e velho Vincent Price.

Hankock é um filme de super-heroi diferente. Produzido por Akiva Goldsman, de Constantine e que escreveu Batman Eternamente e Batman e Robin ... hum ... Depois dessa deixa pra lá, nem merece continuar.